O projeto

O projeto que aqui apresentamos nasceu da vontade de assinalar, com a participação ativa de toda a Comunidade, os 60 anos da Escola da Vilarinha, inaugurada a 25 de Junho de 1960.

Objetivos

– Criar um “Arquivo de Memórias” físico e online;
– Promover o diálogo intergeracional;
– Fomentar a intervenção cultural no espaço público;
– Conhecer o passado de Ramalde;
– Preservar património imaterial.

Contextualização

Ao longo dos últimos 60 anos, a Escola da Vilarinha assistiu às várias alterações da malha urbana da sua área de influência e às modificações sociais que se operaram. Mas não foi um espectador passivo. Bem pelo contrário.

A Escola da Vilarinha também se foi, ela mesmo, alterando, metamorfoseando, pois uma escola é também um reflexo da própria Comunidade em que está inserida.

São exemplo a divisão das crianças por género, situação que perdurou até 1974, as obras de requalificação que sofreu em 2017, ou até mesmo a adaptação que este ano letivo implicou, para responder às medidas de prevenção e controle da pandemia provocada pelo SARS-CoV-2.

É precisamente esta pandemia que nos obriga a refletir, a pensar e actuar de forma diferente:

– Como, numa época de afastamento social, podemos confraternizar, partilhar experiências, promover o convívio intergeracional e contribuir para o mundo que nos rodeia?

– Como o fazer, quando os tradicionais momentos de confraternização intergeracional que acontecem na Escola da Vilarinha, abertos a toda a comunidade, muito provavelmente não se poderão repetir nos próximos tempos? Como concretizar e fomentar momentos de comunhão coletiva quando não nos podemos/devemos reunir?

– Como reforçar a cooperação com instituições e coletividades de Ramalde, sejam elas culturais, recreativas, desportivas, sociais ou empresariais?

– Como impedir que a Escola de hoje se feche sobre ela mesma?
Como fomentar o diálogo e a cooperação com a Comunidade onde está inserida, interagindo com ela e fomentando a troca de experiências e saberes, que é a maior riqueza do Ser Humano?

Foi a partir destas premissas e questões que nasceu o nosso projeto “Arquivos da Memória”. Um projeto que pretendemos inclusivo, multidisciplinar e intergeracional perpetuando para a posteridade experiências e histórias.

Queremos deixar o registo vivo da história da nossa escola, que faz também parte da história de Ramalde e de muitos Ramaldenses.

Foram alguns milhares aqueles que, desde 1960, passaram pela então, Escola Primária da Vilarinha, muitos dos quais terão, certamente, histórias, episódios e memórias para partilhar com gerações mais novas. São estas memórias individuais que, no seu conjunto, constituem a nossa memória coletiva, um património que deve ser mantido e perpetuado. Todos temos uma história para contar e são o conjunto das histórias de cada um que perfazem a nossa História.

Só se pode olhar para o futuro e construí-lo, conhecendo o passado, nas várias perspectivas dos que dele fizeram parte.

Contudo, este projeto pretende ir além da recolha de histórias e memórias. Pretendemos também intervir ao nível do espaço urbano, através da criação de momentos de cultura pública e popular, provocando a reflexão.

Todos devemos dar o exemplo e mostrar aos mais novos que eles próprios podem ser agentes interventivos e de mudança no mundo que os rodeia.

O impacto deste projeto será refletido no incremento e fomento da relação intergeracional, efeitos multiplicadores que perdurarão no tempo, e na preservação desse património imaterial que é a memória.

Para além disto, este projeto é passível de ser continuado no tempo e replicado em diversos contextos.

 

“A implementação deste projeto concretiza a comemoração dos 60 anos da Escola da Vilarinha, com total respeito pelas contingências impostas pela pandemia COVID-19. Com este projeto procuramos mitigar o isolamento social, estabelecendo pontes de diálogo intergeracional.
Consideramos que este é um projeto inovador com forte efeito de replicação, tanto na freguesia, como na cidade.”